terça-feira, 21 de dezembro de 2010

"THE MIRACLES"


The Miracles (também conhecido com Smokey Robinson & the Miracles 1965 a 1972)
é um grupo norte-americano de R&B.
Fundando em Detroit, Michigan, os Miracles foram o primeiro grupo de sucesso produzido por Berry Gordy, dono da Motown Records, e um dos primeiros a assinar com a gravadora surgida no final da década de 1950. O grupo foi liderado por Smokey Robinson, que se tornou um mais bem-sucedidos compositores e produtores da história da música norte-americana.
Durante os seus dezenoves anos na ativa, os Miracles emplacaram cerca de 50 de suas gravações nas paradas musicais dos Estados Unidos - entre canções de doo wop, soul, R&B e disco. Foram 26 canções que atingiram a lista Top 10 R&B da Billboard, sendo quatro delas primeiros lugares. Dezesseis canções dos Miracles estiveram no Top 20 Pop, sete chegaram ao Top 10 Pop e duas - "The Tears of a Clown", em 1970, "Love Machine" (Parte 1) - alcançaram o topo da principal lista da Billboard.
Em 2004, a revista Rolling Stone ranqueou Smokey Robinson & the Miracles na #32 em sua lista The Immortals: 100 Greatest Artists of All Time.
A música "Overture" (1975) foi usada como tema de abertura e encerramento das transmissões esportivas da TV Record até o fim dos anos 70.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

"DICK DALE"


Dick Dale (Boston, 4 de maio de 1937), nome artístico de Richard Anthony Monsour,
é um guitarrista de surf rock.
Seu maior sucesso é a versão que fez da canção "Misirlou", presente na trilha sonora do filme Pulp Fiction e também na do jogo Guitar Hero II. O grupo Black Eyed Peas usou samples na música no hit Pump It. Ele atende por "The King of Surf Guitar". É considerado o vovô do Heavy Metal. Além do acima citado, Dick Dale, é também o indireto responsável pela existência dos cabeçotes de 100 Watts RMS e pela presença de uma unidade de reverb neles. E nada disso seria possível sem a fúria do que se conhece por "The Beast", a one-of-a-kind Stratocaster dourada de Dick Dale.
Dale criou a Surf Music nos anos 50. Tocava por farra, para sua turma de surfistas. Logo o ritmo tribal contagiante de sua música passou a atraír gente de 'outras praias'. A visível mania que se dava com mais de 400 pessoas se apertando no Rendezvous Ballroom na cidade de Balboa/Califórnia, passou a chamar a atenção. Eis que entra em cena Leo Fender. Leo, impressionado com o sucesso do jovem guitarrista, pediu que o garoto experimentasse uma de sua novas guitarras, a Stratocaster. Um amplificador Fender também foi no pacote. Dick aceitou a guitarra, virou-a de ponta cabeça e sem inverter a ordem das cordas tirou daquele instrumento um som que nunca ninguém havia escutado antes. Foi para o palco e da primeira noite em diante estourou nada menos do que 49 amplificadores Fender com seus respectivos falantes. Dale, em contato permanente com Leo Fender, explicou ao amigo 'patrocinador' que seus amplificadores não estavam dando conta. Ele precisava de algo que lhe permitisse mais volume, pois no Ballroom, se a guitarra não estivesse bem alta,
"o pessoal lá de trás não escuta." Leo Fender e Freddy T. resolveram ir até o Ballroom uma noite para ver o que acontecia, e no momento em que o show começou eles logo entenderam o que Dick Dale precisava. Pouco tempo depois, Leo Fender entregou ao jovem Dale um amplificador que trazia um transformador de 85 watts de saída, que alcançava um pico de 100 watts. O Showman. Dale e Fender foram até James B. Lansing da James B. Lansing Speaker Company e encomendaram um falante de 15 polegadas, Este falante acabou ficando conhecido mais tarde como 15 JBL -D130 speaker . O falante não aguentou muito tempo e eles voltaram a oficina de J.B.Lansing e pediram que ele emborrachasse o cume frontal do falante, permitindo que o mesmo se deslocasse para frente e para trás de acordo com o sinal da guitarra de Dale, eliminando assim os ruídos e distorções provocadas pela trepidação do falante. O novo modelo foi batizado JBL D-130F, com F de Fender. Com o novo falante, Leo resolveu que a solução seria uma caixa com 2 15 JBL D-130F, e não satisfeito desenvolveu um transformador de 100 watts e agora chegava a um pico de inacreditáveis 180 watts. Este era o Dual-Showman Piggy Back Amp. O primeiro de uma espécie.

The Fender Tank Reverb

Dick Dale costumava cantar em suas apresentações e vinha usando uma unidade de reverberação desenvolvida por Fender para esse propósito. Um belo dia, Dick resolveu plugar a Strato nessa unidade, o Fender Tank Reverb, e descobriu a América. - '. . .O som do mar !!!' Desta forma, Dale achou o seu som. E o reverb de mola passou a fazer parte do seu timbre, por assim dizer. O próximo passo de Leo Fender foi acoplar uma unidade de reverb no cabeçote do Dual-Showman. Novamente, o primeiro de uma espécie.

The Beast

Mas não podemos esquecer o fundamental. A guitarra. Ou melhor, The Beast. Dick Dale, obstinado pela potência do seu som, adotou a Fender Stratocaster como sua guitarra principal, mas logo percebeu que precisava de algo mais robusto, mais forte. Apaixonado pelo timbre de sua guitarra e em profunda fidelidade a seu amigo Leo Fender, Dick nem pensava em troca de instrumento. Dai passou a aumentar a tensão das cordas. De 0.10 foi para 0.11, 0.12, 0.13 e logo a bela Stratocaster dourada voltou para as sábias mãos de Leo Fender, que teve que reforçar o braço do instrumento para que o mesmo pudesse suportar uma tensão de .016, .018, .020, .038, .048, .058 . Outras diferenças fundamentais da guitarra é um switch 'tipo Gibson' para a mudança rápida de captadores e um controle de volume, apenas. A guitarra tem um selo colado atrás da ponte, um tigre chinês ou coisa parecida, presente de Elvis Presley. Para os mais entusiamados, a Fender lançou uma réplica cosméticamamente exata do modelo original de Dale. Lógicamente, a guitarra vem de fábrica encordoada em 0.9.
Dick Dale jamais usou outro equipamento senão a The Beast e seu Dual-Showman, ambos confeccionados pelas próprias mão de Leo Fender.

sábado, 4 de dezembro de 2010

"JANIS MARTIN"


Sem ainda completar dezesseis anos, Janis Martin chegou à gravadora RCA logo depois de Elvis, e trazida pelo mesmo Steve Sholes, que apostara sua carreira de produtor executivo na contratação do Rei do Rock & Roll. Sholes, ao receber uma fita demo com “Will You, Willyum”, logo contactou os compositores em Richmond, Virginia, de onde viera aquela pérola, para convidar a cantora para gravá-la pela RCA Victor.

Em 1956, na mesma sessão em que registrou “Will You, Willyum” para seu primeiro single, Janis gravou para o lado B, de sua autoria, “Drugstore Rock ‘n’ Roll”. A música, cujo refrão infalível é “Drugstore’s rockin’, rock-rock; couples are boppin’, bop-bop”, estourou nas típicas festas rockers da época em que esta temática, que flerta com o fútil mas tem boa poesia urbana, chegava à plena glória. O termo “drugstore” não se refere ao que conhecemos como farmácia, mas sim a uma mistura disso com loja de conveniência ou lanchonete, ou “o point”.

Nos dois lados do single, Janis mostra que canta com aquele não-sei-o-quê que caracteriza o melhor rockabilly. Em bom português, é bem o que se pode chamar de bossa.

Toda a melhor música, em termos de emoção, é feita de momentos. Os melhores cantores populares, por não serem exatos, também são feitos disso. As cantoras, que são melhores que os cantores, são crias de momentos intensos. Janis Martin foi escolhida para ser a primeira de nossas Mulheres que Cantam principalmente por trechos de “Drugstore Rock ‘n’ Roll”, que a jovem Janis escreveu aos quinze anos de idade. Já na introdução cantada, “Rock-bop-jump-thump…”, o drive contido na primeira nota inspiraria gerações de seguidoras em um maravilhoso mundinho underground (que hoje é mais forte que em qualquer época).

Janis Martin foi apelidada naquele ano “The Female Elvis” pela RCA, com permissão do próprio Rei. Nos anos seguintes ela gravou vários outros rocks fascinantes, com destaque para “Bang Bang”, de 1958.

Os dois lados do primeiro 45rpm de Janis Martin, do CD The Female Elvis: Complete Recordings, 1956-60, foi editado pela Bear Family, na Alemanha, com todas as gravações da primeira cantora de rockabilly.